Em uma ida ao restaurante com familiares uma das pessoas que estava com a gente tem Alzheimer.Ela foi ao banheiro sozinha e na volta ficou perceptivelmente perdida. Meu marido, que também tinha ido ao banheiro, percebeu e ofereceu ajuda: “Oi, a senhora precisa de ajuda para encontrar a mesa?”. Ela prontamente respondeu que não, que sabia onde estávamos sentados.
Quando chegamos em casa o Leonardo me contou triste sobre a situação e perguntou se fez algo errado. Sabe o que eu respondi? “CLAAAARO!”
Pessoas com Alzheimer (ou outros transtornos neurodegenerativos) em fases leve ou moderada conseguem manter alguma independência e autonomia e perservam certa noção de que está perdendo-as. Faça então o exercívio de se colocar no lugar dela: provavelmente você se sentiria, no mínimo, constrangida de não conseguir fazer algo tão básico quanto ir ao banheiro e retornar à mesa.
A dica de ouro é: em vez de oferecer ajuda, ofereça-se para acompanhá-la até a mesa: “posso ter o prazer de ir com a senhora até nossa mesa?”
Mudanças simples nas nossas atitudes fazem muita diferença!
Jossane Candeira
CRP 21/01835